Oi povo desse outro lado!
Hoje acordei mais ou menos cedo, e com uma baita surpresa, minha mãe e meu pai pulando em cima de mim para me desejar FELIZ DIA DAS CRIANÇAS! Fiquei muito muito feliz! Afinal de contas esse dia é só uma vez por ano! E pior, no final do ano!!
Ganhei um carrinho de rolemã novo! Com freio e tudo! Todo azul com duas listras brancas bem do jeito que eu pedi para meu pai! Ele disse que desde quando ele era pequeno já se brincava com esses carrinhos, só que não existiam tantas ruas com asfalto no bairro, mas sabe como é... meu pai já é tiozinho.
Ele se empolgou tanto que fomos brincar juntos na rua. Foi tão tão legal! Ele me empurrava e ficava olhando se não vinha carro do fim da rua e eu só esperando a hora certa para virar um cavalo de pau.
Depois de nos divertirmos um monte meu pai pediu pausa para tomar água, sentamos na calçada do bar do seu Moacir e conversamos um monte.
“Sabe filho, ainda me lembro como é ter a sua idade, não saber o que é responsabilidade, como que por imortalidade, viver cada dia como se fosse o último de verdade.
Ser honesto, espontâneo, sincero, me alegrar com um gesto singelo.
Um abraço, um afago, sorriso, escorregar com sabão no piso.
Polícia e ladrão, pega-pega, duro ou mole, tantas brincadeiras, tantos amigos.
Dizer que não gosta, sem me preocupar em criar inimigos.
Ter a capacidade de criar um mundo novo, imaginário, onde quem quiser pode entrar
Basta apenas fantasiar, fingir saber voar, se tiver medo não ter vergonha de hesitar
A timidez na medida certa, como se fosse uma porta a ser aberta por uma senha que só eu sabia
Porém quando essa porta se abria, brincávamos como se há anos a amizade existia.
Um simples boneco era um super herói, uma vassoura cavalo de cowboy
Brincava também sozinho sem me preocupar com o que os outros pensariam
Infância não tem volta, filho, como desenho feito de caneta, mesmo tentando apagar sempre resta uma marca.
Nunca tente apagar a sua, ao contrário, quando crescer sempre que puder tente revê-la.”
Quando meu pai acabou, os olhos dele estavam cheios de agüinha, eu não tinha entendido metade do que ele disse, mas nem perguntei por que ver ele falando daquele jeito parecia tão bonito, mais bonito que meu carrinho novo. Parecia que ele tinha mesmo saudade de quando era da minha idade e que foi mesmo muito bom.
Ficamos um tempão sentados na calçada, quer dizer, ele estava sentado, eu, deitado no colo dele, vendo o movimento, a galera da rua indo e vindo, e eu com uma sensação de que sentiria saudade daquilo algum dia.
Por isso trate de aproveitar viu!? Estou aprendendo que pelo jeito quando a gente é pequeno quer logo ser grande e quando somos grandes vivemos lembrando como era bom sermos pequenos.
Homenagem dA Hora do JUCA a todas as crianças e todos os seus dias!
Antes de ir, o último aviso, A Hora do JUCA especial Dia das Crianças próximo sábado, 16 de Outubro na Casa de Cultura Palhaço Carequinha, a partir das 10h da manhã com a peça “E tome palhaço”. A bagunça vai até as 17h com muitas brincadeiras, diversões e vocês é claro!
Até lá!!
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